Cantiga Moura - Arabi Gita






Serviço:


CANTIGA MOURA OU ARABI GITA – UMA FÁBULA INDO-BRASILEIRA

Com o Núcleo Prema


4 e 5 de novembro, sábado e domingo, às 16h.

Teatro Alfredo Mesquita – Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo.


11 e 12 de novembro, sábado e domingo, às 16h.

Teatro Paulo Eiró – Av. Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro, São Paulo.


25 e 26 de novembro, sábado e domingo, às 16h.

Teatro Cacilda Becker – Rua Tito 295 – Lapa, São Paulo.


Livre | 75 minutos | Ingressos gratuitos


Ficha Técnica:


Dramaturgia e Composições Musicais – Irani Cippiciani. Direção de Cena e Iluminação – Edilson Castanheira. Direção e Arranjo Musical – Leandro Medina. Cenografia, Figurinos e Adereços – Betania Dias Galas. Assistência Adereços – Edilson Castanheira. Modelagem e Costura – Maria José Souto dos Santos. Coreógrafa – Irani Cippiciani. Coreógrafos Convidados – Andrea Soares, Maya Vinayan e Tião Carvalho. Preparadora Corporal em Danças Brasileiras – Andrea Soares. Assessoria Bumba-Meu-Boi – Tião Carvalho | Grupo Cupuaçu. Músicos Brasileiros – Fernanda de Paula (cantora), Leandro Medina (cantor e percussionista), Luan Frenk (multi-Instrumentista), Cesar Azevedo (percussionista). Músicos Indianos – Maya Vinayan (nattuvangam), Vishalakshi Nityanand (cantora), K. S. Sudhama (mridangam), S. Sunil Kumar (flauta), Moodikondam Ramesh (veena). Gravação, Mixagem e Masterização – Gabriel Spazziani | Estúdio Casa da Lua. Dança-atrizes – Cassiana Rodrigues, Cintia Kawahara, Irani Cippiciani, Krishna Sharana e Rosana Araujo. Produtora Executiva – Gleiziane Pinheiro. Produtor Associado – Edilson Walney. Assessoria de Comunicação – Nossa Senhora da Pauta. Designer Gráfico – Júlia Schettini. Foto Material de Divulgação – Renata Mosaner, Barbara Lana, Davi Jordan e Natan Vasconcelos. Mapa de Iluminação, Foto e Filmagem Temporada – Kenny Rogers. Operação de Som – Leandro Dias. Operação de Luz – Edilson Castanheira.



RELEASE

NÚCLEO PREMA MESCLA DANÇA 

INDIANA COM CULTURA POPULAR 

BRASILEIRA EM NOVO ESPETÁCULO



Voltado para toda a família CANTIGA MOURA OU ARABI GITA – UMA FÁBULA INDO-BRASILEIRA traz à cena uma releitura de um conto de tradição ibérica em diálogo com a dança indiana e manifestações culturais brasileiras, como o Bumba-meu-Boi, o Cavalo Marinho e o Caboclinho. Trilha 

sonora original foi composta com músicos brasileiros e indianos



A história de amor, que chegou ao Brasil nas caravelas portuguesas, entre uma princesa mourisca e dois cavaleiros, é o ponto de partida do espetáculo CANTIGA MOURA OU ARABI GITA – UMA FÁBULA INDO-BRASILEIRA. A nova montagem do Núcleo Prema estreia dia 4 de novembro, sábado, às 16h, no Teatro Alfredo Mesquita e mescla dança indiana com a cultura popular brasileira unindo teatro, dança, música, teatro de bonecos e manipulação de objetos.


Com dramaturgia e composições musicais de Irani Cippiciani, que está no palco ao lado de Cassiana Rodrigues, Cintia Kawahara, Krishna Sharana e Rosana Araujo, e direção de cena de Edilson Castanheira, CANTIGA MOURA OU ARABI GITA – UMA FÁBULA INDO-BRASILEIRA utiliza a estrutura de criação e composição cênica indiana chamada Abhinaya, que consiste em utilizar o corpo, as expressões faciais e os gestos de mão codificados para contar histórias. 


Aliada a essa técnica, o espetáculo – contemplado pela 33ª Edição do Programa de Fomento à Dança para Cidade de São Paulo – liga o fazer único de diferentes manifestações culturais brasileiras, como o Bumba-meu-Boi e o Lelê maranhense, o Cavalo Marinho e o Caboclinho pernambucano e o Congado mineiro, de também contar histórias através de autos, folias, festas, cordões e procissões, com a dramatização tão presente nas danças indianas, ou seja, a narração de histórias interpretadas, cantadas e dançadas.


Em cena, o público acompanha a história de uma princesa disputada por dois cavaleiros, um cristão e outro mouro. Irani Cippiciani explica, que o conto antigo, onde o cavaleiro cristão sequestra a princesa e mata o cavaleiro mouro, foi sendo suavizado com o tempo para se transformar em um conto infantil e chega em CANTIGA MOURA OU ARABI GITA – UMA FÁBULA INDO-BRASILEIRA com uma nova roupagem. “Agora a protagonista da história é a princesa, que não precisa decidir com qual cavaleiro quer seguir. Ela é livre e pode até se permitir ficar sozinha, cuidando da própria vida. Desse modo, a personagem feminina protagoniza a tríade arquetípica da princesa-donzela-guerreira, que transpassa nosso imaginário popular em muitos contos, poemas e canções”.


Narrativa musical e gestual

Na dança indiana a música é a narrativa que conta todo o enredo, ou seja, é parte fundamental da montagem. Por isso, as composições são em português, para trazer a estética indiana para junto do público. Desse modo, cabe à música contar a história, criar seus tempos, silêncios, cadências; criar as tônicas emocionais e pontuar, contornar, negar ou emoldurar os movimentos, as gestualidades dos dançarinos. “A pesquisa musical para este espetáculo é tão importante quanto a pesquisa corporal e gestual, porque há uma interdependência clara entre elas. A narrativa, neste caso, é musical, mas a sonoridade precisa estar intimamente vinculada à construção dos movimentos corporais que se alternam entre movimentos rítmicos e narrativos. A compreensão da língua é essencial”, conta Irani.


A trilha sonora original vem sendo composta, desde 2016, em etapas e envolve uma equipe de músicos indianos e uma equipe de músicos brasileiros. A primeira etapa já foi realizada na Índia em 2016, em parceria com os músicos da Triveni Academy of Natya. A segunda etapa consistiu, justamente, na gravação das demais partes da trilha sonora, contando com a participação de músicos brasileiros convidados. Ao todo são 12 faixas musicais, sendo três compostas na Índia e nove no Brasil.


CANTIGA MOURA OU ARABI GITA – UMA FÁBULA INDO-BRASILEIRA é a segunda parte de uma trilogia cênica unindo a dança indiana e a cultura brasileira, intitulada PADAM: à procura de um corpo narrativo. O projeto nasceu fortemente vinculado a uma ideia de brasilidade, apresentada por Darcy Ribeiro, que é tríplice: ameríndia, africana e europeia. Oré Yéyè o, Oxum Tarangam, primeiro espetáculo da trilogia, falava sobre a cultura africana, agora o Núcleo Prema se debruça sobre a europeia e o terceiro e último espetáculo se voltará para os povos originários.


“No caso específico desta montagem, celebramos nossa herança ibérica que, em termos culturais, é profundamente marcada pela cristandade e pela influência otomana (árabe), mas que, em terras brasileiras, se funde ao imaginário ameríndio e africano, produzindo manifestações culturais híbridas e, exatamente por isso, únicas. Elas não são uma invenção europeia, mas uma construção genuinamente brasileira”, esclarece Irani Cippiciani.


Memórias e culturas

O ocidente cristão e o oriente islâmico são duas camadas de memória amalgamadas pela história que será contada em CANTIGA MOURA OU ARABI GITA – UMA FÁBULA INDO-BRASILEIRA. Porém, como a poética do espetáculo envolve o diálogo da cultura indiana com a cultura brasileira, as Índias e as Áfricas completam o entrecruzar de memórias e culturas que se farão surgir por meio da Arte.


Os objetos culturais escolhidos para metaforizar as camadas entrecruzadas de memórias entre essas culturas foram o tecido e o traje. O algodão indiano (conhecido como chita), os panos da costa africanos e as rendas europeias estão entre os elementos que mais penetraram os continentes se infiltrando nos costumes, na moda, nos rituais religiosos e na economia. Turbantes, calçolas, saias, xales, mantilhas e véus, jóias, sapatos, guarda-sóis e estampas complementam um imenso acervo inspirador de trocas culturais entre as quatro matrizes de referência.


Irani Cippiciani conta que o Núcleo Prema nasceu em 2007 como uma escola de danças indianas. Em 2009, ele se tornou um grupo de pesquisa e apenas em 2013 uma companhia de dança, com um propósito definido. “Como dançarina eu me questionava sobre a pertinência de praticar dança indiana no Brasil. Aos poucos, percebi que o que mais me interessava nessa técnica era seu imenso potencial expressivo-narrativo. Por meio do Abhinaya, habilidade de contar histórias através do corpo, do gesto, das expressões faciais codificadas, numa íntima e profunda relação entre palavra, som, ritmo, cor e beleza da forma, encontrei um caminho de aproximação entre o Brasil e a Índia”.




 PROJETO 


“Este projeto foi contemplado pela 33ª Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura”.


APRESENTAÇÃO

A grafia do corpo é um tipo de memória elíptica que em seu giro, toca sempre pontos diferentes da infinita curva espiral. Através dos tempos, das migrações forçadas ou escolhidas, o corpo escreve aquilo que está para além da palavra escrita: as cosmovisões e suas ancestralidades de nascença (parentesco), de pertença (território) e do desejo (pessoal). O corpo funda territórios concretos da experiência ancestral tríplice, chamados de tradição e, através delas, os corpos experimentam a imersão em comunidades imaginárias, espaços de afeto, resistência, luta e de invenção da experiência compartilhada no mundo. O corpo é uma língua que não cai no esquecimento e que se agita no encontro das diferentes gramáticas, produzindo faíscas e luminescências inesperadas em forma de corporeidades capazes de reencantar, outra vez, o mundo (Irani Cippiciani, diretora artística do Núcleo Prema).

 

‘CANTIGA MOURA – ARABI GITA (Uma fábula indo-brasileira)', contemplado pela 33ª Edição do Programa de Fomento à Dança para Cidade de São Paulo,  é uma proposta inédita e inovadora de diálogo entre as formas de dança-teatro indianas e a cultura popular brasileira em suas múltiplas dimensões, absorvendo não apenas aspectos temáticos, mas todo o conjunto de elementos estéticos, poéticos, ritualísticos, corporais, imagéticos, sonoros e linguísticos que caracterizam nossa cultura, em busca de novas poéticas e dramaturgias da cena que, por sua natureza transdisciplinar e intercultural, nos levam a fundar outras corporeidades, territórios de experimentação e ancestralidades compartilhadas.

 O espetáculo se propõe a fazer isso através da utilização de uma estrutura de criação e composição cênica chamada Abhinaya, que consiste em utilizar o corpo, as expressões faciais e os gestos de mão codificados para contar histórias. A essa técnica, se une o ‘proceder’ único de diferentes manifestações culturais brasileiras, como o Bumba-meu-Boi e o Lelê maranhense, o Cavalo Marinho e o Caboclinho pernambucano e o Congado mineiro, de também contar histórias através de autos, folias, festas, cordões e procissões, onde o sincretismo opera como eixo catalisador das experiências entre o sagrado e o profano.

 Nessa Cantiga o teatro, a dança e a música formam um todo indissociável.  De tal modo imbricadas que não há como compartimentar a experiência como uma coisa ou outra. Aqui o teatro é dança e a dança é teatro, costurados por uma trilha sonora original construída entre Brasil e Índia.

 

 PROPOSTA DE MONTAGEM

 HISTÓRICO DA PESQUISA

 O NÚCLEO PREMA nasceu em 2007 como uma escola de danças indianas. Em 2009, ele se tornou um grupo de pesquisa e apenas em 2013 uma companhia de dança, com um propósito definido. Como dançarina eu me questionava sobre a pertinência de praticar dança indiana no Brasil. Aos poucos, percebi que o que mais me interessava nessa técnica era seu imenso potencial expressivo-narrativo. Através do ABHINAYA, habilidade de contar histórias através do corpo, do gesto, das expressões faciais codificados, numa íntima e profunda relação entre palavra, som, ritmo, cor e beleza da forma, encontrei um caminho de aproximação entre nós (Brasil) e eles (Índia).

 Neste mesmo ano nasceu a proposta de criar uma trilogia cênica unindo a dança indiana e a cultura brasileira, intitulada ‘PADAM: à procura de um corpo narrativo’. Logo de cara, me deparei com a primeira questão a ser problematizada pelo projeto: num país de dimensões continentais como o nosso, formado pelo amálgama de matrizes culturais tão diversas, o que poderíamos chamar de ‘nossas histórias’ ou ‘cultura brasileira’? Então encontrei meu mestre inspirador, referência máxima desta pesquisa, Darcy Ribeiro e seu tripé de formação do povo brasileiro. A Índia tinha finalmente encontrado o Brasil generoso e ainda por ser feito de Darcy.

 

DANÇAS BRASILEIRAS E DANÇAS INDIANAS:

ANCESTRALIDADES DE NASCENÇA, PERTENÇA E DESEJO,

QUE TERRITÓRIOS NOSSOS PASSOS FUNDAM?

 

O encontro com a cultura popular brasileira, através de suas manifestações cênicas, se dá em três níveis distintos, nesse projeto:


 1) HISTÓRICO-POLÍTICO: Esse projeto de montagem nasceu fortemente vinculado a uma ideia de brasilidade, apresentada por Darcy Ribeiro, que é tríplice: ameríndia, africana e européia. Partir desse pressuposto é, antes de tudo, um ato político porque reforça a necessidade de valorizar nossa herança cultural em todas as suas dimensões, origens e contornos, não desconsiderando os processos violentos de colonização que deram origem a essa profunda mestiçagem cultural. Em tempos de grande conservadorismo e desrespeito às culturas e povos originários, mais do que nunca, é relevante retomar esse princípio que aproxima a Dança, como campo do saber, aos Direitos Humanos. No caso específico desta montagem, celebramos nossa herança ibérica que, em termos culturais, é profundamente marcada pela cristandade e pela influência otomana (árabe), mas que, em terras brasileiras, se funde ao imaginário ameríndio e africano, produzindo manifestações culturais híbridas e, exatamente por isso, únicas. Elas não são uma invenção europeia, mas uma construção genuinamente brasileira. É, portanto, um projeto que exala um pensamento diaspórico, transitando num espaço que é estético, mas também político e intercultural. A afirmação de uma identidade cultural híbrida em tempos de negação dessas multiplicidades de ser é, atualmente, uma tarefa de suma importância para os artistas da cena. Melhor ainda se essa construção crítico-estética puder ser feita em um espetáculo que trata, justamente, da cristandade, desconstruindo uma ideia de dominância e valorizando um pensamento dialógico e sincrético que avança para o Oriente. Trazer esse corpo brasileiro mestiçado para junto da dança indiana é apenas uma outra forma de afirmar essa multiplicidade que caracteriza nossa cultura, considerando também os processos imigratórios tardios da Ásia para o Brasil e suas as contribuições para nossa cultura a partir do século XX.

 

2) ESTRUTURAL: Assim como nas danças indianas, observa-se em muitas manifestações populares brasileiras, uma tendência à dramatização. Ou seja, a narração de histórias interpretadas, cantadas e dançadas. Há, portanto, um elemento estrutural comum a aproximar as danças indianas dos folguedos brasileiros: o gosto pela dança-dramática, que constitui um gênero específico a transitar entre o teatro e a dança, tanto aqui, como lá, dando um nó, nos teóricos mais ortodoxos, que insistem em defender a taxonomia teatral (europeia) que divide em caixinhas bem definidas o que é teatro e o que é dança. Tanto no Brasil como na Índia, esses contornos se borram, se atravessam e essa transversalidade produz poéticas próprias que não podem ser tratadas como menores ou subalternas ao, dito, Teatro, com “T” maiúsculo. É certo que elas têm contornos muito diferentes no Brasil e na Índia e é, justamente, pela contraposição dessas estéticas que se poderá encontrar zonas de aproximação e diferenciação, tencionando, como ímãs, a composição cênica. A proposta é justamente essa: criar campos magnéticos, pólos de atração e repulsa, garantindo que o resultado não se torne uma aglutinação de formas sem definição. Esse é o aspecto estruturante que dá início a esse processo de aproximação e troca cultural, avançando para níveis mais profundos de diálogo e elaboração cênica.

 

3) ESTÉTICO-CORPORAL: Antes de dizer o que a pesquisa almeja, preciso dizer aquilo que ela descarta terminantemente: produzir uma estética cênica exótica, alimentada pelo imaginário orientalista europeu do que seja a Índia e, tão pouco, reforçar certa ideia turística de brasilidade que, quando muito, serve apenas para colocar a cultura popular e seus fazedores num papel de subalternidade histórica, em relação a cultura, dita, dominante. Exatamente por essa razão, a aproximação com a estética e a corporeidade das danças brasileiras deverá se estabelecer pelo parâmetro da sutileza e não pela cópia pura e simples das vestimentas, adereços e gestualidades. O encanto, nesse caso, precisa vir da sugestão. Serão cores em suaves pinceladas, que podem aparecer ora na composição musical, ora num adereço, ora numa vestimenta e ora no corpo, não necessariamente em simultaneidade, para não gerar excesso de informação na cena e certa “bagunça” estilística. E também porque há a opção clara de utilizar a técnica do Abhinaya indiano como agulha por onde passarão os fios que tecem este espetáculo. Sem isso, abre-se um campo imenso de experimentações intermináveis, sempre sob a iminência de produzirem uma resultante caótica e idiossincrática, de onde nasce a necessidade de criar um ponto para onde devam convergir e conversar.

 

IMAGINÁRIO  VISUAL:

TEMPO E MEMÓRIA,

UM PALIMPSESTO DE TRAMAS CULTURAIS

 “Palimpsesto” é uma palavra de origem grega que significa “aquilo que se raspa para escrever de novo”. Exemplos antigos remetem a placas de argila com ceras, pergaminhos e papiros que foram constantemente apagados, mas que mostravam em suas superfícies marcas de conteúdos anteriores.

 De imediato temos as duas camadas de memória amalgamadas pela história que será contada no espetáculo: o ocidente cristão e o oriente islâmico. Porém, como a poética do espetáculo envolve o diálogo da cultura indiana com a cultura brasileira, as Índias e as Áfricas completam o entrecruzar de memórias e culturas que se farão surgir por meio da Arte.

 Os objetos culturais escolhidos para metaforizar as camadas entrecruzadas de memórias entre essas culturas foram o tecido e o traje. O algodão indiano (conhecido como chita), os panos da costa africanos e as rendas europeias estão entre os elementos que mais penetraram os continentes se infiltrando nos costumes, na moda, nos rituais religiosos e na economia. Turbantes, calçolas, saias, xales, mantilhas e véus, joias, sapatos, guarda-sóis e estampas complementam um imenso acervo inspirador de trocas culturais entre as quatro matrizes de referência.


 PARAGENS MUSICAIS:

UMA ROTA SONORA-AFETIVA ENTRE BRASIL E ÍNDIA

 Os Padams, itens expressivos da dança indiana, onde o Abhinaya se desenvolve são poemas narrativos musicados. Desse modo, cabe a música contar a história, criar seus tempos, silêncios, cadências; desenvolver certa linearidade narrativa (quando se deseja isso); criar as tônicas emocionais e pontuar, contornar, negar ou emoldurar os movimentos, as gestualidades dos dançarinos. Por tudo isso, a pesquisa musical para este espetáculo é tão importante quanto a pesquisa corporal e gestual, porque há uma interdependência clara entre eles. A narrativa, neste caso, é musical, mas a sonoridade precisa estar intimamente vinculada a construção dos movimentos corporais que se alternam entre movimentos rítmicos (abstratos) e narrativos.

 A trilha sonora original vem sendo composta, desde 2016, em etapas, porque o trabalho todo é grandioso e envolve uma equipe de músicos indianos e uma equipe de músicos brasileiros. A primeira etapa já foi realizada na Índia em 2016, em parceria com os músicos da Triveni School of Dances. A segunda etapa consistiu, justamente, na gravação das demais partes da trilha sonora, contando com a participação de músicos brasileiros convidados por nosso diretor musical, segundo as necessidades que a própria dramaturgia do espetáculo for nos apresentando.

 

GALERIA DE FOTOS





As dança-atrizes com os preparadores corporais: Mestre Tião Carvalho (Grupo Cupuaçu/ Bumba-meu-boi) e Andrea Soares (Núcleo Pé de Zamba/ Danças Brasileiras: Caboclinho, Cavalo Marinho e Congado).




Com a equipe musical produzindo a trilha sonora original do espetáculo: na sala de ensaio e no estúdio de gravação. 






Um encontro entre Shiva e o Boizinho Travesso. Delicadezas do encontro entre as poéticas do Brasil e da Índia. 





Um pouquinho do nosso processo de ensaio, encontrando as pontes entre a dança indiana e as danças brasileiras. 


LINKS DO PROCESSO 


 
Segunda abertura de processo na Casa de Cultura do Butanta 01/10/2023: 

Primeira abertura de processo na Escola Aberta de São Paulo 29/06/2023: 


Estudos  de Cena - Devarattam:

Estudos de Cena - Bonecos de Cabeça:

Um vislumbre da coreografia sendo construída a partir dos estudos do abhinaya:https://drive.google.com/file/d/1M-CHU7Eu1I7102hAJlD41KRNALg_dK6-/view?usp=drive_link

Um pouquinho do processo de preparação corporal e criação coreográfica compartilhada: https://drive.google.com/drive/folders/1jOexlQ3jWkhBnBRkXS4_hN-kKHhZio_B?usp=sharing

Links acessar um pouco do nosso trabalho com Andrea Soares:  https://drive.google.com/drive/folders/1QjyOvF9Epqmo7N2uduAEvxZnXqN9X65H?usp=sharing

Link para acessar os primeiros encontros com Tião Carvalho: https://drive.google.com/drive/folders/1_EY3szg9C2eVq2EafZyPjS0Z3WxhQQOF?usp=sharing

 Link para acesso de parte do processo de criação musical:https://drive.google.com/file/d/1TprP-SyzZNqwthEpA6ilCAQs11BGUaMi/view?usp=sharing

 Link para ver a cena de teatro de bonecos:

https://drive.google.com/file/d/1Ob2Zt_qPCznT99YI0G4WBg4N3adc2WNd/view?usp=sharing


CONTATOS

 


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REALIZAÇÃO:

 




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